Social commerce: a nova tendência do comércio online

31/05/2021 | Artigo


Com as redes sociais cada vez mais inseridas no dia a dia dos usuários, as oportunidades de negócios só crescem. E os números não mentem: um em cada três compradores em todo o mundo fez uma compra nas redes sociais no ano passado e estima-se que o social commerce  crescerá 29% ao ano entre 2020 e 2028. 

Esse tipo de compra nada mais é do que combinar práticas de e-commerce com mídia social. As vantagens são muitas. Do lado do consumidor, ganha-se conveniência com toda a jornada, desde a descoberta do produto até a finalização da compra, dentro da plataforma. Do lado da empresa, pode significar menos interrupção na compra, permitindo que as transações sejam finalizadas com menos cliques. Ainda cria uma comunicação mais engajada com o usuário, recebendo feedbacks instantâneos. E o mais importante: dados que podem contribuir para conhecer melhor seu público-alvo e ajustar seus anúncios para atingir melhor os consumidores certos, impulsionando as vendas. Segundo o Facebook, 81% dos compradores pesquisam produtos no Instagram e no Facebook, e colocar produtos nesses sites aumenta drasticamente o alcance de uma empresa. 

O social commerce também permite integrar as ferramentas das mídias sociais na experiência de compra. Isso significa, lives, parcerias com influenciadores e até jogos. Empresas tradicionais de varejo já estão aderindo ao movimento. O Walmart, por exemplo, fez uma parceria com o TikTok ano passado para realizar sua primeira live de compras. E o Brasil não tem ficado de fora. A B2W, responsável por empresas como Americanas e Submarino, comprou este mês um app de live commerce que adota o conceito “diversão primeiro, depois as compras”. 

Essa tendência tem aos poucos se espalhado pelo mundo. Mas na Ásia, já é quase normal dentro do e-commerce, em especial na China. Projeta-se que essa indústria deve representar 13% do total do seu comércio eletrônico em 2021, chegando a US$ 363 bilhões em vendas. O país coleciona exemplos que têm servido de modelos para quem adere ao social commerce. O Pinduoduo, por exemplo, é um dos maiores apps com quase 800 milhões de usuários. Tem um design de rede social e um sistema de gamificação: os usuários ganham descontos se fizerem uma compra em grupo. Também organiza lives e mostra aos compradores produtos que acha que eles vão gostar, em vez de apenas deixá-los pesquisarem por conta própria.

Com lives, games e cada vez mais conteúdo digital, oportunidades para marcas e empresas não vão faltar. E mesmo em um cenário pós-pandemia a adoção de uma abordagem omnichannel que integra a experiência na loja física à plataforma social pode ajudar a mitigar algumas das limitações de cada modelo e aumentar a satisfação do cliente.