COVID-19 e as mudanças nos hábitos de consumo e de comportamento
07/04/2020 | Artigo
A COVID-19 e seus impactos em diversos setores da sociedade é certamente o assunto do momento. A pandemia pegou a todos de surpresa e segue ainda como um problema sem uma solução iminente. A busca por uma cura ou vacina seguem a todo vapor, mas no momento a melhor solução tem sido o isolamento social, um cuidado necessário que acarreta em ônus para o cenário econômico e social.
O mundo todo, inclusive o Brasil, vem sofrendo com as consequências da pandemia. Além das vidas afetadas e do sistema de saúde sobrecarregado, o comportamento de compra e consumo mudou drasticamente nessas semanas – e a economia também. Alguns economistas já falam até em queda de 4,4% do PIB em 2020, o que seria o pior resultado anual desde 1962.
Hoje, mais do que nunca, o digital assumiu um papel fundamental. Com as restrições de locomoção e a necessidade de se evitar contato físico, o e-commerce se destacou como a opção de consumo mais viável para alguns setores do varejo e bens de consumo de primeira necessidade – como alimentos e medicamentos. Já para o mercado de eletrônicos, moda e utilidades domésticas, entre outros, o e-commerce segue como a única opção para manter os negócios ativos.
Nesse cenário, as marcas que não haviam implementado um processo de transformação digital efetivo em suas empresas agora são forçadas a adotá-lo às pressas.
Segundo uma pesquisa realizada pela Ebit | Nielsen, após o anúncio do primeiro caso da COVID-19 no Brasil, houve um aumento exponencial no número de brasileiros que realizaram sua primeira compra online. A procura é por produtos de higiene, limpeza caseira, produtos para bebê e mercearia. Com o anúncio oficial da pandemia em 11 de março, as vendas atingiram o maior nível no mês de Março/20, chegando a faturar R$ 800 mil em um único dia.
Além dos aplicativos de delivery, que cresceram exponencialmente nos últimos 20 dias com grande parte da população mundial passando mais tempo em casa, a busca por entretenimento e por conteúdos para se aprimorar no tempo livre também cresceu. O acesso a algumas plataformas aumentou tanto que empresas como Netflix, Globoplay, Facebook e YouTube estão reduzindo a resolução da qualidade de seus vídeos devido ao impacto na internet.
A verdade é que o mundo como conhecemos está mudando e em ritmo acelerado. O crescimento da participação das alternativas digitais, que já era uma realidade, agora se tornou urgente. No setor do varejo e bens de consumo, o impacto é enorme. Marcas precisam, mais do que nunca, repensar suas estratégias de distribuição criando canais diretos e exclusivos para se manterem ativas durante a crise e também pensando em como a sociedade sairá muito diferente desta pandemia, forçando uma maturidade digital.
A cobrança por parte das empresas e das marcas por um maior compromisso com o social e o coletivo também só vai crescer. É preciso que ações, iniciativas, comunicação e relacionamento demonstrem empatia e compromissos com o consumidor. Discursos vazios ou oportunistas serão severamente punidos. Agora é hora de pensar a comunicação de forma estratégica, estruturada e genuína.
Estamos vivendo novos tempos e, mais do que nunca, é importante ter conhecimento e parceiros especializados para auxiliar nessa transição entre digital e offline para o mundo como ele é hoje: omnichannel e voltado exclusivamente às necessidades do consumidor.