B2B: a nova etapa da economia compartilhada
03/05/2021 | Artigo
Na última década, dividir produtos e serviços virou parte do dia a dia da maioria dos consumidores. Em 2013, a PwC projetava que a economia compartilhada business-to-consumer (B2C) cresceria de US$ 15 bilhões para US$ 335 bilhões em 2025. Apesar da pandemia ter dado uma pausa entre os consumidores, para as empresas tem sido o oposto e 2021 têm mostrado que agora é a vez da economia compartilhada business-to-business (B2B).
A DHL prevê que esse e-commerce entre empresas vai crescer mais de 70% para US$ 20,9 bilhões até 2027. A geração millennial, aquela nascida entre 1985 e o fim dos anos 90, a mesma que alavancou a economia compartilhada B2C, continua sendo o principal motor para essa transição dos negócios. Esses consumidores representam 73% de todas as decisões de compra B2B, segundo o estudo. E 80% dessas transações entre fornecedores e clientes empresariais devem ocorrer, até 2025, em plataformas ou canais digitais.
Um dos principais valores gerados pela economia compartilhada B2B é a criação do seu próprio ecossistema. Aumenta a quantidade de dados acessíveis, acelera inovação, aumenta receita e traz mais escalabilidade.
As vantagens acontecem dos dois lados. Para as empresas, ganham a oportunidade de dividir custos e diminuir as perdas. Por exemplo, ao alugar a capacidade de produção, grandes empresas podem aumentar com flexibilidade a capacidade da cadeia de suprimentos para atender de acordo com os picos de demanda. Também podem ganhar novas fontes de renda: nos EUA, 30% de todo o espaço de armazenagem fica sem uso. Na Ásia, esse número pode chegar a 50%. Ainda o risco de inovar pode diminuir ao lançar novos produtos ou serviços por meio de parcerias com startups para testar com um público menor antes de investir em grande escala. Consequentemente, todos esses valores retornam ao consumidor.
A diminuição de perdas na produção também diminuiu o impacto no meio ambiente — pauta cada vez mais exigida pelo público. E com um ecossistema, o consumidor pode ser atendido de ponta a ponta por meio de um único ponto de acesso. Por exemplo, a partir do compartilhamento de dados entre as empresas, o usuário confere em um único app disponibilidade para caronas, viagens de trem e ônibus e aluguel de bicicletas.
Esse é só começo da economia compartilhada B2B. Com as novas tecnologias, como 5G, plataformas em nuvem, inteligência artificial, o potencial dessas parcerias vai ganhar ainda mais escala no futuro.